Páginas

Hoje é

sábado, 16 de abril de 2011

Radiologista no Controle de Qualidade

  • A responsabilidade final pelo CQ (controle de qualidade), em mamografia é do radiologista.
  • Essas responsabilidades frequentemente estão inclusas em uma área mais abrangente que é a garantia da qualidade (GQ, Quality Assurance).
  • A GQ é um programa administrativo desenvolvido para unir os diferentes aspectos do CQ e garantir que todas as atividades sejam realizadas no mais alto nível.
  • O radiologista é responsável pela seleção de profissionais da física médica, de técnicos em radiologia médica, qualificados e pela supervisão das atividades desses membros da equipe.
  • Outra responsabilidade do radiologista envolve a supervisão da comunicação e o acompanhamento do paciente.
  • A qualidade na assistencia ao paciente é o objetivo final de qualquer serviço de mamografia, e a responsabilidade sobre esse objetivo é o radiologista.
  • O nível de qualquer programa de GQ/CQ é reflexo direto da atitude e da apresentação do radiologista para a necessidade de tal programa.
  • A MQSA estabelece que o radiologista deve avaliar as imagens clínicas diariamente.
  • A melhoria contínua da qualidade (CQI, Continuous Quality Improvement) é uma estensão de qualquer programa de GQ/CQ, incluindo protocolos administrativos para a contínua melhoria da qualidade da imagem mamográfica.

Equipe de Controle de Qualidade

O colégio Americano de Radiologia (ACR, American College of Radiology) e a lei de Padrões de Qualidade em Mamografia (MQSA, Mammography Quality Standards Act) endossam um programa de CQ com atividades específicas para o radiologista, para o profissional de física Médica e para o Técnico em Radiologia Médica.

Cada um deles é importante para a garantia da melhor assistência ao paciente com menor exposição à radiação.

Objetivo da Qualidade

  • A mamografia tem sido uma ferramenta para o diagnóstico e o rastreamento há muitos anos, mas os desafios de se produzir uma imagem de alta qualidade mantendo uma dose baixa para o paciente ainda foram lançados.
  • Uma equipe formada pelo radiologista, pelo profissional de física médica e pelo Técnico em Radiologia Médica trabalham juntos seguindo um programa de controle de qualidade (CQ) para produzir a excelência nos exames mamográficos.
  • Cada membro da equipe tem atividades específicas relacionas ao CQ

Síndrome de Klinefelter

  • O Dr. Harry F. Klinefelter ao trabalhar no projeto de consumo de oxigênio na glândula adrenal em conjunto com o Dr. Howard Means atendeu um paciente com um caso raro no qual um homem desenvolveu mamas (Ginecomastia).
  • Ao estudar este caso, o Dr. Klinefelter relatou nos seu exames infertilidade, liberação de hormônio Gonadotropina (GnRH), um elevado nível de liberação de Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteneizante (LH).
  • Com estes resultados foi publicado no Jornal de Metabolismo e Endocrinologia Clínica (1942), um artigo intitulado “Síndrome caracterizada por Ginecomastia, aspermatogênese e aumento da excreção de Hormônio Folículo Estimulante”, tendo como autores, Klinefelter H G, Reifestein E C Jr., e Albright F..

Desde então, a literatura só chama esta condição de síndrome de Klinefelter (SK).

  • A SK é causada por uma variação cromossômica envolvendo o cromossomo sexual. 
  • Este cromossomo sexual extra (X) causa uma mudança característica nos meninos. 
  • Todos os homens possuem um cromossomo X e um Y, mas ocasionalmente uma variação irá resultar em um homem com um X a mais, esta síndrome é muitas vezes escrita como 47 XXY. 
  • Existem outras variações menos comuns como: 48 XXYY; 48 XXXY; 49 XXXXY; e mosaico 46 XY/47 XXY, este é o cariótipo mais comum, ocorre em cerca de 15% provavelmente em conseqüência da perda de um cromossomo X num concepto XXY durante uma divisão pós-zigótica inicial.
  • Metade dos casos resulta de erros na meiose I paterna, um terço de erros na meiose I materna e os demais de erros na meiose II ou de um erro mitótico pós-zigótico levando a mosaico. A idade da mãe é elevada nos casos associados a erros na meiose I materna, mas não nos outros casos (JACOBS et al., 1988).
  • Até 1960 o diagnóstico era feito através de exame histológico dos testículos que, mesmo após a puberdade, revelava ausência de células germinativas nos canais seminíferos.
  • Atualmente a identificação dos Klinefelter é assegurada pelo cariótipo e pela pesquisa da cromatina sexual, através de um exame feito com uma amostra de sangue.

As estatísticas mostram que a cada 500 nascimentos é encontrado um menino com a síndrome.

Características do Portador


  • A característica mais comum é a esterilidade. 
  • Possuem função sexual normal, mas não podem produzir espermatozóides (Azoospermia) devido à atrofia dos canais seminíferos e, portanto são inférteis.
  • Outras características muitas vezes presentes são: estatura elevada e magros, com braços relativamente longos; pênis pequeno; testículos pouco desenvolvidos devido à esclerose e hialinização dos túbulos seminíferos ; pouca pilosidade no púbis; níveis elevados de LH e FSH, podem apresentar uma diminuição no crescimento de barba; ginecomastia (crescimento das mamas), devido aos níveis de estrogênio (hormônio feminino) mais elevados do que os de testosterona (hormônio masculino). 
  • Em alguns casos tornam-se necessária à remoção cirúrgica; problemas no desenvolvimento da personalidade provavelmente em decorrência de uma dificuldade para falar que contribuem para problemas sociais e/ou aprendizagem.

Tratamento


  • Deve ser feito o acompanhamento periódico do nível de testosterona (hormônio sexual masculino) no sangue, para verificar sua normalidade. 
  • Caso o nível de testosterona encontre-se baixo isso irá resultar na diminuição das mudanças sexuais que ocorrem durante a puberdade.
  • Para controle é comum a aplicação de uma vez ao mês uma injeção de Depotestosterona, uma forma sintética de testosterona. 
  • A dose necessita ser aumentada gradualmente e ser aplicada mais freqüentemente quando o menino torna-se mais velho.

Câncer de Mama em Homens

  • O câncer de mama é uma doença rara em homens.
  • Nos Estados Unidos, são relatados cerca de 1.000 casos por ano.
  • Estádio por estádio, o prognóstico é o mesmo que o câncer de mama feminino.
  • A doença em homens está usualmente relacionada a níveis aumentados de estrogênios circulantes, assim como na ginecomastia, e, portanto, os dois podem coexistir, apesar da ginecomastia não ser pré-maligna.
  • O câncer de mama em homens também pode ser causado por radiação e encontra-se aumentado na Síndrome de Klinefelter.

HISTOLOGIA

  • O homens não tem lóbulos, então o câncer em homens é sempre ductal.
  • O carcinoma ductal in situ pode ser diagnosticado em homens, e o CDIS foi responsável por um quarto dos cânceres de mama relatados em série.

ACHADOS CLÍNICOS

  • O câncer de mama em homens é usualmente subareolar e estão comumente presentes alterações no mamilo.
  • A massa palpável é dura e não aderida à parede torácica, ao contrário da ginecomastia, onde a massa é macia e aderida.
  • A descarga sanguinolenta pelo mamilo é fortemente sugestiva de câncer de mama no homem.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Mama Masculina

No homem, a glândula mamária consiste de um pequeno nódulo retroareolar composto de um sistema ramificado de ductos lactíferos e tecido conjuntivo colagenoso.
Como a glândula mamária masculina também está sujeita a estímulos hormonais proliferativos, pode ocorrer um aumento temporário ou permanente durante a vida do paciente, como na puberdade ou na velhice.

Clínica
A glândula mamária normalmente desenvolvida, dependendo de sua conformação individual, pode ou não ser delimitada por palpação da aréola propriamente dita, dando a sensação de uma resistência pequena, retroareolar circunscrita. Somente numa hiperplasia ocorre um aumento do volume do tecido glandular e o paciente pode apresentar uma sensação dolorosa.

Ginecomastia

DEFINIÇÃO

  • A ginecomastia é um aumento uni ou bilateral da mama masculina sob a influência de estrógenos ou substâncias que possuam um efeito estrogênico.
  • As formas fisiológicas da ginecomastia (ginecomastia em recém-nascidos, hipertrofia pueral e hipertrofia senil) pode ocorrer na presença de endocrinopatias ou distúrbios hepáticos.
  • A ginecomastia também ocorre frequentemente como resultado de medicamentos (por exemplo, na estrogênio terapia no tratamento do câncer de próstata ou terapia com diuréticos), ou pode ser a manifestação de uma síndrome paraneoplásica.

HISTOLOGIA 

  • A proliferação do sistema ductal ocorre com o desenvolvimento e crescimento dos alvéolos, hiperplasia do epitélio glandular e um aumento do tecido estromal.

ACHADOS CLÍNICOS

  • A ginecomastia está frequentemente associada a dor ou aumento da sensibilidade.
  • O diagnóstico normalmente é suspeitado clinicamente.
  • A pseudoginecomastia é o resultado da deposição de gordura no tecido subcutâneo.
  • Ocorre bilateralmente e é caracterizada por consistência macia, típica do tecido gorduroso.
  • Na ginecomastia genuína, o tecido glandular proliferativo será palpável uni ou bilateralmente como uma área nodular localizada com aumento da densidade subareolar.