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sábado, 7 de maio de 2011

Atividades Diárias

Limpeza da Câmara Escura: 
     A primeira atividade do dia é limpar a Câmara Escura. A manutenção de minuciosa limpeza na Câmara Escura minimiza os artefatos imagens mamográficas. Primeiramente, o chão deve ser limpo com um pano úmido. Em seguida, todos os ítens desnecessários devem ser retirados das bancadas e superfícies de trabalho. Uma toalha úmida deve ser utilizada para limpar a bandeja de alimentação da processadora e todas as bancadas e superfícies de trabalho.

     Se houver uma caixa para passagem dos chassis, ela também deve ser limpa diariamente. As mãos devem estar sempre limpas para reduzir marcas de digitais e artefatos de manuseio. Janelas e luzes de segurança devem ser limpas e aspiradas semanalmente e antes de qualquer outro procedimento de limpeza.  Inclusive o teto deve ser limpo para prevenir descamações.

     É proibido fumar, beber ou comer na câmara escura. Comida e bebida não podem entrar na sala escura em momento algum. Nada deve permanecer na bancada, exceto os materiais utilizados para carregar os chassis, pois quaisquer outros objetos apenas acumulam poeira. Não deve haver prateleiras acima das bancadas da câmara escura, pois elas também são locais para acúmulo de poeira; essa poeira ocasionalmente cai nas superfícies de trabalho.

CQ da Processadora:
     Antes do processamento de qualquer filme, deve-se verificar se o sistema químico da processadora está de acordo com as especificações estabelecidas. A primeira etapa no programa de CQ da processadora estabelecer os níveis de controle de operação. Parar, começar, uma caixa de filmes deve ser separada exclusivamente para o CQ diário da processadora. Os tanques e prateleiras da processadora devem ser limpos e a processadora preenchida com o revelador, fixador, e demais fluídos conforme especificação do fabricante.
     A temperatura do revelador e as taxas de reabastecimento do revelador e do fixador devem seguir estritamente as recomendações do fabricante. Nunca se deve utilizar termômetro de mercúrio. Caso o termômetro quebre, uma contaminação por mercúrio pode inutilizar a processadora permanentemente.
     Estando a processadora preparada para aquecer o revelador à temperatura correta e estável, o teste deve continuar. Na Câmara Escura, um filme do controle deve ser exposto com um sensitômetro. A tira sensitométrica deve sempre ser processada da mesma maneira. O lado menos exposto do filme deve entrar na processadora primeiro. Utiliza-se o mesmo lado da bandeja de alimentação, com o lado da emulsão para baixo. O tempo entre a exposição e o processamento deve ser o mesmo a cada dia.
     Em seguida, utiliza-se um densitômetro para medir e registrar a densidade óptica (DO) de cada degrau da tira sensitométrica. Esse processo deve ser repetido diariamente por cinco dias consecutivos. A DO média é, então, determinada para cada degrau de cinco tiras diferentes.

     Uma vez determinadas as médias, o degrau que tiver DO mais próxima de 1,2, porém não menor que 1,2, deve ser identificado e marcado como degrau de densidade média (DM) para futuras comparações. Ele também é chamado de índice de velocidade.

     Feito isso, o degrau com DO média próxima a 2,2 e o degrau com DO mais próxima, porém não menor que 0,5, devem encontrados e marcados para futuras comparações. A diferença entre esses dois degraus é registrada como diferença de densidade (DD), também chamada de índice de contraste.

     Por fim, a DO média de uma área não exposta das tiras será registrada como base mais velamento (B+V). Esses três valores obtidos devem ser registrados nas linhas centrais de uma tabela para controle apropriada.

     Uma vez estabelecidos os valores de controle, o CQ diário da processadora começa. No início de cada dia, antes do processamento de qualquer filme, uma tira sensitométrica deve ser exposta e processada de acordo com as diretrizes discutidas anteriormente. A DM, a DD e a B+V são obtidas conforme as etapas anteriormente determinadas e registradas nas tabelas de controle.

     Calcula-se a DM para avaliar a constância na velocidade do receptor de imagem. A DD é obtida para avaliar a constância do contraste de imagem. É permitido que esses valores variem +/- 0,15 dos valores de controle.  Se qualquer valor estiver fora dos limites definidos no controle, o ponto deve ser circulado no gráfico, a causa do problema solucionada, e o teste repetido.

     Se qualquer valor estiver +/- 0,1 fora da faixa de valores do controle, o teste dever ser repetido. Se o valor permanecer fora dessa faixa, a processadora pode ser utilizada no processamento de imagens clínicas, mas deve ser monitorada emquanto o problema estiver sendo identificado.

     A B+V avalia o nível de velamento na cadeia de processamento. Esse valor pode variar até +/- 0,03 do valor de controle. A qualquer instante que esse valor exceder esse limite, devem-se adotar os mesmos procedimentos descritos para os valores da DM e da DD.



Elementos de um Programa de CQ em Mamografia

12 Atividades  do Técnico em Radiologia Médica

1- Limpeza da Câmara Escura - Diária

2- Controle de Qualidade da Processadora - Diária

3- Limpeza da Tela Intensificadora  - Semanal

4- Negatoscópio e Condições de Visualização - Semanal

5- Imagens de Simuladores - Semanal

6- Inspeção Visual - Mensal

7- Análise de Repetição - Trimestral ou a cada 250 exames

8- Análise de Retanção do Fixador no Filme - Trimestral

9- Reunião com o Radiologista - Trimestral

10- Velamento da Câmara Escura - Semestral  

11- Contato Tela-Filme - Semestral

12- Compressão - Semestral no mínimo

Técnico em Radiologia Médica

O Técnico em Radiologia Médica é extremamente importante no programa de CQ em mamografia. O Técnico em Radiologia Médica. o profissional que mais fica com a "mão na massa", é responsável pelo CQ diário e por preencher e monitorar todos os registros e diários para qualquer indício de problemas. É recomendável que os serviços de dignóstico por imagem que utilizam vários mamógrafos tenham em Técnico em Radiologia Médica responsável pelo CQ.

As 12 atividades específicas do CQ atribuídas ao Técnico em radiologia Médica em radiologia podem ser divididas em categorias que refletem as frequencias de suas realizações.

Físico Médico

O papel do profissional de física médica enquanto membro da equipe de CQ em mamografia é multidimencional. Um desses aspectos é a avaliação do CQ realizado no mamógrafo. Essa avaliação deve ser realizada de ano em ano ou sempre que algum componente importante for trocado. A avaliação consiste em um número de medidas e testes.
O físico médico deve entender como os diferentes aspectos técnicos envolvidos na realização do exame afetam a imagem, sendo capaz de identificar problemas existentes ou potencialmente existentes na qualidade da imagem. Ocasionalmente, o profissional de física médica pode passar as informações diretamente para o serviço de engenharia clínica da unidade de saúde ou pode ser um intermediário entre o serviço de saúde e a assistência técnica. A intenção dessa parte do programa de CQ é garantir que o equipamento funcione adequadamente, a fim de proporcionar imagens da melhor qualidade com a menor dose para o paciente.

Outro papel do profissional de física médica é assessorar o técnico em radiologia médica. O profissional de física médica deve conhecer suficientemente bem todos os teste atribuídos ao técnico em radiologia médica pára prever problemas e complicações.
Uma outra responsabilidade é avaliar o programa de CQ, no mínimo, anualmente. O profissional de física médica deve rever todos os procedimentos para garantir a conformidade com as recomendações e padrões vigentes. O profissional de física médica deve revisar cuidadosamente as instruções e os registros para checar a conformidade e garantir que elas estejam adequadas e contenham todas as informações necessárias.
O físico médico é parte essencial da equipe de CQ, de quem espera total cooperação e atenção. Esse objetivo envolve a manutenção de um excelente programa de CQ pelo técnico em Radiologia médica. Ele deve chamar o profissional de física médica sempre que as imagens ou o sistema mudarem significativamente.

sábado, 16 de abril de 2011

Radiologista no Controle de Qualidade

  • A responsabilidade final pelo CQ (controle de qualidade), em mamografia é do radiologista.
  • Essas responsabilidades frequentemente estão inclusas em uma área mais abrangente que é a garantia da qualidade (GQ, Quality Assurance).
  • A GQ é um programa administrativo desenvolvido para unir os diferentes aspectos do CQ e garantir que todas as atividades sejam realizadas no mais alto nível.
  • O radiologista é responsável pela seleção de profissionais da física médica, de técnicos em radiologia médica, qualificados e pela supervisão das atividades desses membros da equipe.
  • Outra responsabilidade do radiologista envolve a supervisão da comunicação e o acompanhamento do paciente.
  • A qualidade na assistencia ao paciente é o objetivo final de qualquer serviço de mamografia, e a responsabilidade sobre esse objetivo é o radiologista.
  • O nível de qualquer programa de GQ/CQ é reflexo direto da atitude e da apresentação do radiologista para a necessidade de tal programa.
  • A MQSA estabelece que o radiologista deve avaliar as imagens clínicas diariamente.
  • A melhoria contínua da qualidade (CQI, Continuous Quality Improvement) é uma estensão de qualquer programa de GQ/CQ, incluindo protocolos administrativos para a contínua melhoria da qualidade da imagem mamográfica.

Equipe de Controle de Qualidade

O colégio Americano de Radiologia (ACR, American College of Radiology) e a lei de Padrões de Qualidade em Mamografia (MQSA, Mammography Quality Standards Act) endossam um programa de CQ com atividades específicas para o radiologista, para o profissional de física Médica e para o Técnico em Radiologia Médica.

Cada um deles é importante para a garantia da melhor assistência ao paciente com menor exposição à radiação.

Objetivo da Qualidade

  • A mamografia tem sido uma ferramenta para o diagnóstico e o rastreamento há muitos anos, mas os desafios de se produzir uma imagem de alta qualidade mantendo uma dose baixa para o paciente ainda foram lançados.
  • Uma equipe formada pelo radiologista, pelo profissional de física médica e pelo Técnico em Radiologia Médica trabalham juntos seguindo um programa de controle de qualidade (CQ) para produzir a excelência nos exames mamográficos.
  • Cada membro da equipe tem atividades específicas relacionas ao CQ

Síndrome de Klinefelter

  • O Dr. Harry F. Klinefelter ao trabalhar no projeto de consumo de oxigênio na glândula adrenal em conjunto com o Dr. Howard Means atendeu um paciente com um caso raro no qual um homem desenvolveu mamas (Ginecomastia).
  • Ao estudar este caso, o Dr. Klinefelter relatou nos seu exames infertilidade, liberação de hormônio Gonadotropina (GnRH), um elevado nível de liberação de Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteneizante (LH).
  • Com estes resultados foi publicado no Jornal de Metabolismo e Endocrinologia Clínica (1942), um artigo intitulado “Síndrome caracterizada por Ginecomastia, aspermatogênese e aumento da excreção de Hormônio Folículo Estimulante”, tendo como autores, Klinefelter H G, Reifestein E C Jr., e Albright F..

Desde então, a literatura só chama esta condição de síndrome de Klinefelter (SK).

  • A SK é causada por uma variação cromossômica envolvendo o cromossomo sexual. 
  • Este cromossomo sexual extra (X) causa uma mudança característica nos meninos. 
  • Todos os homens possuem um cromossomo X e um Y, mas ocasionalmente uma variação irá resultar em um homem com um X a mais, esta síndrome é muitas vezes escrita como 47 XXY. 
  • Existem outras variações menos comuns como: 48 XXYY; 48 XXXY; 49 XXXXY; e mosaico 46 XY/47 XXY, este é o cariótipo mais comum, ocorre em cerca de 15% provavelmente em conseqüência da perda de um cromossomo X num concepto XXY durante uma divisão pós-zigótica inicial.
  • Metade dos casos resulta de erros na meiose I paterna, um terço de erros na meiose I materna e os demais de erros na meiose II ou de um erro mitótico pós-zigótico levando a mosaico. A idade da mãe é elevada nos casos associados a erros na meiose I materna, mas não nos outros casos (JACOBS et al., 1988).
  • Até 1960 o diagnóstico era feito através de exame histológico dos testículos que, mesmo após a puberdade, revelava ausência de células germinativas nos canais seminíferos.
  • Atualmente a identificação dos Klinefelter é assegurada pelo cariótipo e pela pesquisa da cromatina sexual, através de um exame feito com uma amostra de sangue.

As estatísticas mostram que a cada 500 nascimentos é encontrado um menino com a síndrome.

Características do Portador


  • A característica mais comum é a esterilidade. 
  • Possuem função sexual normal, mas não podem produzir espermatozóides (Azoospermia) devido à atrofia dos canais seminíferos e, portanto são inférteis.
  • Outras características muitas vezes presentes são: estatura elevada e magros, com braços relativamente longos; pênis pequeno; testículos pouco desenvolvidos devido à esclerose e hialinização dos túbulos seminíferos ; pouca pilosidade no púbis; níveis elevados de LH e FSH, podem apresentar uma diminuição no crescimento de barba; ginecomastia (crescimento das mamas), devido aos níveis de estrogênio (hormônio feminino) mais elevados do que os de testosterona (hormônio masculino). 
  • Em alguns casos tornam-se necessária à remoção cirúrgica; problemas no desenvolvimento da personalidade provavelmente em decorrência de uma dificuldade para falar que contribuem para problemas sociais e/ou aprendizagem.

Tratamento


  • Deve ser feito o acompanhamento periódico do nível de testosterona (hormônio sexual masculino) no sangue, para verificar sua normalidade. 
  • Caso o nível de testosterona encontre-se baixo isso irá resultar na diminuição das mudanças sexuais que ocorrem durante a puberdade.
  • Para controle é comum a aplicação de uma vez ao mês uma injeção de Depotestosterona, uma forma sintética de testosterona. 
  • A dose necessita ser aumentada gradualmente e ser aplicada mais freqüentemente quando o menino torna-se mais velho.

Câncer de Mama em Homens

  • O câncer de mama é uma doença rara em homens.
  • Nos Estados Unidos, são relatados cerca de 1.000 casos por ano.
  • Estádio por estádio, o prognóstico é o mesmo que o câncer de mama feminino.
  • A doença em homens está usualmente relacionada a níveis aumentados de estrogênios circulantes, assim como na ginecomastia, e, portanto, os dois podem coexistir, apesar da ginecomastia não ser pré-maligna.
  • O câncer de mama em homens também pode ser causado por radiação e encontra-se aumentado na Síndrome de Klinefelter.

HISTOLOGIA

  • O homens não tem lóbulos, então o câncer em homens é sempre ductal.
  • O carcinoma ductal in situ pode ser diagnosticado em homens, e o CDIS foi responsável por um quarto dos cânceres de mama relatados em série.

ACHADOS CLÍNICOS

  • O câncer de mama em homens é usualmente subareolar e estão comumente presentes alterações no mamilo.
  • A massa palpável é dura e não aderida à parede torácica, ao contrário da ginecomastia, onde a massa é macia e aderida.
  • A descarga sanguinolenta pelo mamilo é fortemente sugestiva de câncer de mama no homem.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Mama Masculina

No homem, a glândula mamária consiste de um pequeno nódulo retroareolar composto de um sistema ramificado de ductos lactíferos e tecido conjuntivo colagenoso.
Como a glândula mamária masculina também está sujeita a estímulos hormonais proliferativos, pode ocorrer um aumento temporário ou permanente durante a vida do paciente, como na puberdade ou na velhice.

Clínica
A glândula mamária normalmente desenvolvida, dependendo de sua conformação individual, pode ou não ser delimitada por palpação da aréola propriamente dita, dando a sensação de uma resistência pequena, retroareolar circunscrita. Somente numa hiperplasia ocorre um aumento do volume do tecido glandular e o paciente pode apresentar uma sensação dolorosa.

Ginecomastia

DEFINIÇÃO

  • A ginecomastia é um aumento uni ou bilateral da mama masculina sob a influência de estrógenos ou substâncias que possuam um efeito estrogênico.
  • As formas fisiológicas da ginecomastia (ginecomastia em recém-nascidos, hipertrofia pueral e hipertrofia senil) pode ocorrer na presença de endocrinopatias ou distúrbios hepáticos.
  • A ginecomastia também ocorre frequentemente como resultado de medicamentos (por exemplo, na estrogênio terapia no tratamento do câncer de próstata ou terapia com diuréticos), ou pode ser a manifestação de uma síndrome paraneoplásica.

HISTOLOGIA 

  • A proliferação do sistema ductal ocorre com o desenvolvimento e crescimento dos alvéolos, hiperplasia do epitélio glandular e um aumento do tecido estromal.

ACHADOS CLÍNICOS

  • A ginecomastia está frequentemente associada a dor ou aumento da sensibilidade.
  • O diagnóstico normalmente é suspeitado clinicamente.
  • A pseudoginecomastia é o resultado da deposição de gordura no tecido subcutâneo.
  • Ocorre bilateralmente e é caracterizada por consistência macia, típica do tecido gorduroso.
  • Na ginecomastia genuína, o tecido glandular proliferativo será palpável uni ou bilateralmente como uma área nodular localizada com aumento da densidade subareolar.


sábado, 31 de julho de 2010

Microcalcificações

Na história natural dos carcinomas de mama, o diagnóstico pré-clínico pode produzir efeitos muito positivos no tempo de sobrevida. Microcalcificações constituem uma parte importante das lesões não palpáveis da mama e podem ser o primeiro sinal de um carcinoma mamário. 

O diagnóstico precoce do câncer de mama tem importância fundamental para o tratamento e prognóstico da doença.

Cânceres de mama não palpáveis são aqueles detectados, exclusivamente, por mamografia e ultra-som, o que não necessariamente implica num câncer precoce ou mínimo.

A mamografia é, atualmente, a única ferramenta que pode detectar lesões pré-malignas e um câncer na sua fase pré-invasiva, quando a possibilidade de cura é próxima a 100%. A detecção precoce é baseada na presença de microcalcificações.

O significado das microcalcificações na mama tem sido reconhecido desde sua descrição inicial, em 1951, por Leborgne e pode ocorrer em lesões malignas ou benignas.

Para melhor estimar o risco de malignidade e guiar o manejo das pacientes com lesões não palpáveis da mama, o Colégio Americano de Radiologistas criou a classificação de BI-RADS (Breast Imaging Reporting And Data System), a qual categorizou as lesões de 0 a 6. Para classificar as microcalcificações de acordo com a sua morfologia, adotou-se a classificação de Le Gal, que varia de 1 a 5. A combinação dos dois critérios de avaliação dos exames mamográficos é recomendada, visando estreitar o diagnóstico de malignidade.

Na tentativa de aprimorar o diagnóstico das lesões malignas da mama, estudos têm comparado as características radiológicas das microcalcificações (como padrão dos grupamentos e número, forma e tamanho das calcificações) com os achados anatomopatológicos das peças cirúrgicas e têm avaliado o valor preditivo da classificação de BI-RADS.

Foram previstos serem diagnosticados 402.190 novos casos de câncer no Brasil, em 2003, destes 41.610 eram previstos que fossem de mama, com cerca de 9.335 óbitos.

A detecção precoce é o fator mais importante para melhorar a taxa de sobrevida das pacientes com câncer de mama, e estudos têm sido realizados na tentativa de aprimorar a correlação entre os dados clínicos, radiológicos e anatomopatológicos das lesões da mama, porém poucos na atualidade.

A mamografia, o exame disponível, com maior acurácia para detecção de pequenos carcinomas da mama, tem a habilidade de mostrar até mesmo lesões pré-malignas.

A possibilidade de diagnóstico precoce à mamografia se deve a detecção de microcalcificações em lesões não palpáveis, mesmo em paciente com mamas densas.

Albert Salomon, um cirurgião de Berlim, descobriu, em 1913, em filmes de RX, que calcificações estavam associadas com câncer de mama, porém, somente nos anos 30, surgiram relatos do uso clínico das mamografias e, em 1951, Leborgne, um radiologista de Montevidéu, descreveu a técnica radiológica que permitiu visualizar diminutas microcalcificações.

As microcalcificações contêm hidroxiapatita de cálcio ou trifosfato de cálcio e são consideradas resultantes de um aumento da atividade secretória celular no complexo lobulo-ductal, mais do que o resultado da mineralização de debris celulares necróticos, o que justificaria sua presença em lesões benignas da mama, como ectasia ductal, adenose, papilomas, entre outras.

A aparência das microcalcificações variam em tipo, tamanho, densidade, número e distribuição e, de acordo com estes dados, o nível de suspeita para malignidade pode aumentar ou diminuir.

A dificuldade de se estabelecer as características das microcalcificações em lesões malignas e benignas da mama foi tema de vários artigos.

São consideradas microcalcificações suspeitas para malignidade aquelas agrupadas com aspecto irregular ou linear. O tamanho dos grupamentos e o número de microcalcificações por grupamento relacionados a presença de carcinoma é muito variável na literatura, porém a maioria dos autores associa aos carcinomas os grupamentos maiores de 3 mm e presença de mais de 9 microcalcificações por grupamento, porém o risco de invasão em grupamentos a partir de 10mm é controverso. Alguns trabalhos avaliaram a morfologia das microcalcificações e o grau de malignidade dos carcinomas ductais in situ, porém não obtiveram correlação entre estes achados. Em nosso trabalho, não tivemos acesso aos dados de mamografia com relação ao tamanho dos grupamentos ou morfologia das microcalcificações.

A literatura mostra que a detecção das microcalcificações ocorre mais em mulheres com menos de 60 anos, assim como em nosso trabalho onde a maioria das pacientes estavam na faixa etária entre 40 e 49 anos (33%), seguidas por aquelas entre 50 e 59 anos (26%). A explicação para esta associação seria que pacientes abaixo de 50 anos apresentam a mama mais densa, o que dificulta a detecção de nódulos, mas não de microcalcificações, e devido ao fato destas estarem mais associadas com a presença de lesões in situ, as quais são mais freqüentes em mulheres mais jovens.

A correlação entre a mamografia e o diagnóstico histopatológico tem sido relatada, na literatura, entre 68% e 98%. Em nosso trabalho, a correlação foi de 71,5%, somados os casos diagnosticados como lesões pré-malignas e malignas, existindo uma substancial concordância entre os dois exames.

Nossos dados concordam com os da literatura, mostrando predomínio de carcinomas in situ com relação aos invasivos, e que as microcalcificações são mais comumente encontradas em carcinomas ductais in situ do que nos lobulares in situ.

O carcinoma ductal invasivo é o tipo histológico mais comum e o de pior prognóstico, por isso o mais, freqüentemente, associado a microcalcificações, como em nosso estudo.

Microcalcificações mamárias suspeitas para malignidade representam não apenas um achado diagnóstico, mas também prognóstico e terapêutico, como têm mostrado alguns estudos, em que foi observada importante associação entre presença de receptores hormonais e de c-erbB2 (produto de oncogene) nos carcinomas e microcalcificações suspeitas para malignidade.

Microcalcificações à mamografia não são patognomônicas de carcinoma, mesmo quando apresentam um padrão morfológico suspeito para tal, mas representam uma área de alto risco no tecido mamário e requerem uma biópsia para exame histológico e diagnóstico definitivo. Talvez, um estreitamento maior entre as classificações de BI-RADS e Le Gal e seu uso conjunto diminua as biópsias realizadas em lesões benignas.

Apoptose

Apoptose é o nome dado à morte celular programada. O processo é altamente organizado e preservado filogeneticamente e promove, de maneira ordenada, o suicídio da célula. A apoptose é intimamente ligada à proliferação celular; muitos dos genes que levam à proliferação podem também induzir à apoptose, dependendo do estímulo recebido. Na diferenciação dos organismos e formação dos tecidos, a proliferação celular precede a diferenciação e a apoptose tem como função eliminar as células excedentes no processo. Além disso, células que tiveram a estrutura ou o DNA alterado por estímulos nocivos (quebra de DNA, infecção viral) também sofrem apoptose. Dessa forma, o processo pode ser compreendido como um mecanismo de manutenção da qualidade dos tecidos, eliminando as células danificadas.

Para o surgimento do câncer, é necessário que uma célula danificada por uma mutação permaneça viável, isto é, funcionante no que diz respeito à sua manutenção, e que se prolifere de maneira desordenada. A proliferação desordenada e a tendência à imortalidade de um clone celular defeituoso são os dois principais mecanismos patogênicos do câncer. A apoptose, que normalmente regularia o processo de morte da célula defeituosa, é falha em um grande número de neoplasias. Para compreender como as falhas na apoptose podem levar ao surgimento do câncer, é necessário detalhar o processo, identificando os principais genes envolvidos.

Família Bcl-2.

A família de proteínas Bcl-2 atua no início do processo de apoptose, definindo se a célula entrará em morte programada após o estímulo nocivo inicial. Assim, os membros da família podem ter atividade pró-apoptótica ou anti-apoptótica.

As proteínas pró-apoptóticas BAX e BAK pertencem à essa família. Sua ação é inicada após a recepção de sinal de morte celular e ativa a apoptose lingando-se a receptores da membrana mitocondrial, que com a ação das caspases (ver abaixo), formará os apoptossomos. Células deficientes nas proteínas BAX e BAK são resistentes a múltiplos estímulos de morte celular.

As proteínas BCL-2, BCL-Xl e MCL-1 têm função antiapoptótica e também pertencem à essa família. Essas proteínas inativam as proteínas BAX e BAK, impedindo o processo apoptótico. Aproximadamente 80% dos cânceres de mama expressa Bcl-2.

Caspases

As caspases são proteínas pró-apoptóticas, implicadas também no processo inflamatório normal. Essas enzimas funcionam após receberem sinais pró-morte celular e tanto iniciam os mecanismos bioquímicos que levam ao processo de apoptose, como amplificam o efeito desses mecanismos após eles serem iniciados, através do “desmanche” das estruturas celulares. Com base nessas duas atividades, as caspases são classificadas como caspases iniciadoras e caspases efetoras.

p53

O gene p53, ou proteína p53, é um fator de transcrição que regula o ciclo celular, funcionando como um gene supressor tumoral. A perda da função do p53 ocorre em várias neoplasias. O p53 foi denominado como o “guardião do genoma” referindo-se a sua função de conservar a estabilidade e previnir mutações do genoma. O gene p53 localiza-se no braço curto do cromossomo 17 (17p13.1).

O p53 é promove a apoptose ou interrrompe o ciclo celular antes da duplicação da célula. Existe uma variedade de estímulos que ativa o gene p53, incluindo hipóxia celular, dano do DNA e anormalidades do ciclo celular. A proteína estabilizadora MDM2 normalmente está ligada ao p53, inativando-o e transportando a p53 do núcleo celular para o citosol, onde ele é degradado. Após o estímulo inicial, a proteína p53 é fosforilada e rompe-se sua ligação com o MDM2. A proteína p53 pode, então, ligar-se ao DNA da célula, causando de genes que causam a interrupção do ciclo celular, apoptose e inibição da angiogênese. O gene p21 é um dos genes ativados pelo p53. Sua proteína p21, por sua vez, interage com a proteína estimuladora da divisão celular (cdk2), interrompendo o ciclo celular.

A Síndrome de Li-Fraumeni é caracterizada pelo surgimento de diversas neoplasias no início da idade adulta. Ela se deve à inativação de uma das cópias do gene p53.

Rb

O gene supressor tumoral Rb expressa a proteína retinobalstoma, que funciona como um mecanismo de checagem entre as fases G1 e S do ciclo celular. Ela medeia seus efeitos pela interação com a família de fatores de transcrição E2F, que assim não têm acesso à cromatina. Dessa forma, os genes que regulam a passagem da célula da fase G1 para a fase S não são transcritos. A perda do gene Rb está associada à proliferação celular e aumento da apoptose. A perda de E2F está relacionada ao surgimento de diversos tipos de tumores e uma diminuição da apoptose.

c-Myc

O oncogene c-Myc é um potente indutor da proliferação celular e da apoptose. Sua mutação é comumente associada ao linfoma de Burkitt.

ATM

O gene ATM (ataxia-telangiectasia mutado) é um gene supressor tumoral localizado no braço longo do cromossomo 11 (11q22.3). A proteína ATM tem função de quinase e interage com as proteínas de progressão do ciclo celular BRCA1, p53, CHK2, com as proteínas de checagem RAD17, RAD9 e a proteína de reparo do DNA NBS1. O gene ATM aumenta sua expressão como resposta após o dano ao DNA causado por radiação ionizante, com a função de interrupção do ciclo celular. A proteína-quinase ATM, junto com a proteína-quinase ATR, é comprrendida como um dos principais controladores dos caminhos de sinalização do ciclo celular necessários para o reparo do DNA e para a estabilidade do genoma. Vários estudos demonstram a associação entre a mutação de uma das cópias do gene ATM suscetibilidade aumentada à radiação ionizante e câncer de mama. A ataxia-telangiectasia é causada pela mutação das duas cópias do gene ATM. Nessa condição, ocorre degeneração do cerebelo, por morte aumentada e inadequada das células de Purkinje, e atelectasias cutâneas.

Conclusão

As células cancerosas freqüemente exibem falhas na apoptose, por expressão aumentada de oncogenes ou diminuição de função ou perda de genes supressores tumorais. A recepção de sinais que estimulem a morte celular e a cascata de eventos que levam à apoptose hoje se constituem em importantes alvos na pesquisa de novas drogas antineoplásicas.

Fribroadenoma


O fibroadenoma é um nódulo (tumor) de origem e evolução benigna mais comum da mama.

fibroadenoma

É muito frequente em mulheres após os 20 anos e pode ser múltiplo e bilateral. Podem manter-se toda a vida na mama (se não forem retirados) ainda que alguns desapareçam completamente na menopausa.

Muitas vezes o fibroadenoma provoca alguma ansiedade sobretudo pelo receio que possa ser não uma alteração benigna mas um cancro, ou ainda pelo facto (não verídico) de poder aumentar o risco de cancro da mama ou de evoluir de lesão benigna para maligna.

No exame clínico da mama, o fibroadenoma é um tumor duro, móvel (salta muitas vezes debaixo dos dedos), bem definido e bem delimitado, não doloroso, não aderente (não está fixo) ao tecido que o rodeia, e tem um tamanho médio mais frequente de 2 a 3 centímetros. Na maioria dos casos quando é palpável é descoberto no auto-exame. tanto pelo médico como pela mulher.

Tendo em conta que o fibroadenoma "responde" às alterações hormonais da mulher, que ocorrem durante o ciclo menstrual, pode aumentar de tamanho e ficar doloroso, na fase antes da menstruação.

O diagnóstico "certo" de fibradenoma é feito através de uma biópsia do nódulo e respectivo exame e análise anátomo-patológica. No entanto nem todos têm necessidade de biopsia.
Um nódulo de fibroadenoma pode sempre ser removido, ainda que seja de evolução benigna. Tal significa que, se tiver um fibroadenoma, poderá optar pela sua remoção, depois de discutir essa possibilidade com o seu médico ou, por outro lado, ficar apenas em "observação", com exames regulares de controlo do nódulo.

Vasos Linfáticos


A mama tem, ainda, vasos sanguíneos que transportam o sangue e vasos linfáticos, que transportam a linfa. Os vasos linfáticos terminam nos gânglios linfáticos (órgãos pequenos e arredondados).

Na região da mama, existem vários grupos de gânglios linfáticos: nas axilas (debaixo do braço), acima da clavícula e no peito (atrás do esterno); existem, ainda, gânglios linfáticos em muitas outras partes do corpo.

A principal função dos gânglios linfáticos é "prender" e reter “substâncias estranhas” ao nosso organismo que circulem no sistema linfático, como as bactérias, as células cancerosas ou outras substâncias estranhas. Funcionam como se fossem pequenos filtros.

Quando as células de câncer da mama entram no sistema linfático, podem ser encontradas nos gânglios linfáticos na região da mama (gânglios regionais) e detectadas através de exames específicos. Gânglios linfáticos da mama

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Densidade Mamográfica Assimétrica


A distribuição de tecido fibroglandular nas mamas ocorre em sua maioria de forma simétrica, e qualquer alteração nesta simetria pode ser indício de lesão oculta no parênquima.

A avaliação da densidade assimétrica constitui, portanto, um dos principais desafios no dia-a-dia do radiologista, no sentido de diferenciar áreas de superposição de estruturas normais de lesões parenquimatosas verdadeiras.

O conhecimento das diferentes técnicas e dos recursos que podem ser utilizados na investigação das densidades assimétricas é de grande importância, assim como o estabelecimento de protocolo de sua avaliação, para que a origem dessas densidades seja plenamente estabelecida, uma vez que elas podem representar a única manifestação de um câncer de mama oculto, clínica e radiograficamente.

Embora haja uma grande variação no padrão de distribuição do parênquima nas mamas, estas usualmente apresentam-se simétricas em densidade e arquitetura.

No entanto, pequena assimetria pode ocorrer em até 3% das pacientes e corresponde, em sua maioria, a variação da normalidade, podendo ainda estar relacionada a alteração pós-cirúrgica, a terapia de reposição hormonal (TRH) ou ao uso de contraceptivo oral.

A definição de densidade assimétrica (DA) é motivo de certa discordância entre os diversos autores.

O sistema BI-RADS™ considera massa ou nódulo quando a imagem é vista em duas projeções ortogonais, e densidade quando caracterizada em somente uma projeção.

Já o termo densidade focal assimétrica pode ser identificada em uma ou nas duas incidências, correspondendo mais frequentemente a sobreposição de estruturas normais (artefato de somação), podendo, porém, estar relacionada a lesão verdadeira obscurecida pelo parênquima;

Considera-se, ainda, como critério de diferenciação de massa e densidade, a caracterização do aspecto fixo e focal das massas verdadeiras, contrariamente ao encontrado nas densidades relacionadas a ilhotas de tecido fibroglandular.


Estas podem ainda apresentar aspecto mais denso relativamente ao tecido adjacente, as margens convexas ou estar associada a distorção de arquitetura ou a microcalcificações.


Embora as DA vistas nas mamografias de rastreamento na maioria das vezes não representem câncer, em alguns tipos de tumores esta pode ser a única forma de expressão, daí a necessidade do seu pleno esclarecimento no curso do exame.

O carcinoma lobular infiltrante (CLI), que é o tumor mais frequentemente relacionado a DA, representa 5–15% de todos os cânceres de mama.


Neste tipo tumoral, recentemente foram identificadas substâncias aderidas à membrana celular que podem invadir o tecido mamário sem criar uma massa reconhecível ou manifestar reação fibrótica, o que permite seu crescimento sem determinar distorção do parênquima adjacente, dificultando seu diagnóstico pelos métodos convencionais.


Em estudo retrospectivo de 455 casos, demonstraram que o CLI manifesta-se à mamografia como massa irregular e de margens indefinidas em 50% dos casos, e por DA em 19% dos casos.

A identificação prospectiva dessas lesões é dificultada em exame mamográfico de rotina, podendo a DA representar o único sinal.


Nestes casos, o diagnóstico só pode ser feito utilizando-se técnica mamográfica específica ou pelo acompanhamento evolutivo da área de alteração focal, que tende a demonstrar aumento progressivo nos estudos seqüenciais de seguimento.

Em estudo retrospectivo, que a sensibilidade da ultra-sonografia (US) e da mamografia para detecção de CLI é de 68% e 89%, respectivamente, com sensibilidade ainda menor para lesões menores que 1 cm, que é de 25%.

Na investigação da DA a incidência com compressão localizada representa o método mais antigo e mais utilizado.


Por permitir o afastamento do tecido mamário em diferentes direções, proporciona a identificação de eventuais nodulações superimpostas pelo parênquima.


Contudo, tanto o CLI quanto outros tipos histológicos de tumores podem estar ocultos, mesmo nas incidências com compressão focal, por características próprias, usualmente relacionadas a pouca reação desmoplástica, o que permite que o tecido se espalhe ao ser comprimido focalmente.

Outro recurso mamográfico que pode ser utilizado é a incidência crânio-caudal com rotação da mama ("rolada") ou a incidência médio-lateral (perfil absoluto), que são aplicadas quando a DA é observada ou está mais visível em apenas uma incidência.

A incidência "rolada" é adquirida com rotação da mama, na maioria das vezes no sentido medial, uma vez que a DA é mais frequentemente localizada nas porções laterais e superiores da mama, projetando a área assimétrica em região mais central, onde há predomínio de tecido adiposo, permitindo sua melhor avaliação.


Esta técnica pode ser utilizada associada a compressão focal.

Incidências com ampliação podem ser úteis por permitir a visualização e caracterização de microcalcificações associadas às DA, e devem ser utilizadas quando existe suspeita da sua coexistência.

Uma nova técnica de investigação das DA visualizadas em apenas uma incidência, que utiliza sequência de incidências mamográficas oblíquas com angulações de 0° a 90°, com variação de 15° entre elas.

No caso de artefato de sobreposição, o tecido mamário tende a perder densidade e a se espalhar nas incidências anguladas, sendo que em lesões verdadeiras permanecem praticamente inalteradas e, por vezes, demonstram contornos que podem levar à suspeita de nódulo oculto.

A técnica de incidências oblíquas progressivas também contribui na orientação de biópsias, por identificar topograficamente uma lesão que inicialmente é visualizada em apenas uma incidência.

A US, que atualmente representa o principal método auxiliar da mamografia, tem papel discutível na avaliação das DA.

Tem como objetivo principal demonstrar a presença de nódulos sólidos, cistos ou áreas de atenuação sonora em local correspondente ao da DA.


Ressalta-se, porém, que o exame negativo não exclui a possibilidade de lesão oculta ou inicial no parênquima mamário.

A ressonância magnética (RM) ainda não tem valor reconhecido na avaliação das DA.

Afirma-se sua importância como exame pré-operatório do câncer de mama, na busca de lesões multifocais, na avaliação de mamas com próteses e na diferenciação de lesão recidivante/residual de cicatrizes em pacientes com tratamento conservador para o câncer de mama.

Em raros casos, em que existe suspeita de lesão na mamografia, mas não identificada nas duas incidências, a RM pode contribuir para a localização da área a ser investigada.

Outra contribuição da RM se dá na investigação pré-cirúrgica de paciente com CLI, uma vez que a RM se mostra mais sensível que os métodos convencionais na demonstração da extensão da lesão e na identificação de outras lesões coexistentes.

O aspecto multifocal ou multicêntrico desse tipo tumoral ocorre em 14–31% dos casos, sendo este diagnóstico ainda mais importante quando a cirurgia conservadora está sendo considerada.

A RM é particularmente limitada em pacientes em TRH, devido à influência do hormônio exógeno na forma de captação do contraste paramagnético pelo tecido mamário.


O aspecto clínico também é de grande importância no estudo das DA.


Seu aspecto palpável aumenta a suspeita para malignidade e é indicativo de avaliação histológica do tecido assimétrico.


A biópsia é indicada, ainda, quando se observa progressão da DA no exame de seguimento ou quando ocorre a caracterização de nódulo ou de alterações associadas a DA, como distorção arquitetural ou microcalcificações.

O algoritmo, utilizado no Setor de Mama do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, está dirigido a demonstrar, com maior segurança, artefatos de sobreposição de parênquima mamário, bem como a identificar áreas suspeitas de lesão mamária, para a qual possa ser sugerida uma conduta diagnóstica, seja pelo acompanhamento mamográfico em curto prazo, ou pela avaliação histológica da região.

domingo, 25 de julho de 2010

Leite Materno

Mamar ao peito é um ato natural e os bebês fazem-no há gerações.


Quando um bebê tem fome, mama no peito da mãe, durante o tempo que quer, até ficar satisfeito.


Entretanto vai crescendo e a mãe vai produzindo cada vez mais leite.


Quando começa a comer outros alimentos, as mamas produzem só o leite necessário para completar as suas necessidades.


E tudo isto acontece durante meses, anos, sendo possível por um complexo controlo hormonal e glandular.


Os dois 2 hormônios mais importantes são:

  • A prolactina (produzida na glândula pituitária anterior) que estimula a secreção de leite nos alvéolos, em resposta à estimulação da aréola e do mamilo por parte do bebé.
  • Quando o mamilo é estimulado a prolactina é libertada e inicia-se a produção de leite.
  • Quanto mais o bebê estimula a mama, mais leite é produzido.
  • Se existe restrição à amamentação, porque o bebê não vai à mama, ou porque é retirado antes de terminar uma mamada espontaneamente, a produção pode não ser estimulada adequadamente.

A ocitocina (produzida na glândula pituitária posterior), é libertada por surtos durante a amamentação, e provoca a descida do leite através dos ductos até ao mamilo (o reflexo da descida ou ejecção).


Quando o bebê mama, ao tocar com a boca no mamilo e na aréola envia mensagens nervosas para a glândula pituitária que liberta a ocitocina na corrente sanguínea.


Isto provoca a contracção das células mioepiteliais dos alvéolos e a ejecção do leite, que vai provocar um aumento do diâmetro dos ductos lactóforos e e o movimento do leite para o mamilo.


Entre as ejecções de leite, o diâmetro dos ductos retorna ao seu valor pré ejecção, sugerindo que a acumulação de leite não se faz nos grandes ductos (canais) mas nos pequenos canalículos.


De início este reflexo é não condicionado, com resposta a um estímulo físico mas, mais tarde torna-se condicionado, e apenas o choro, a visão ou pensamento do bebê pode ser suficiente para provocar o fluxo de leite.


Se a mãe se encontra deprimida, cansada ou com falta de confiança na amamentação o reflexo da ocitocina pode ser inibido, embora esta inibição temporária e parcial possa ser revertida.


A ocitocina é a responsável pelo desconforto sentido por algumas mulheres durante as primeiras semanas, e que é normal.


Sinais e sensações de um reflexo de ocitocina activo:

  1. sensação de pressão, formigueiro, picada nos seios imediatamente antes ou durante uma mamada
  2. pingar de leite dos seios quando pensa no bebé ou o ouve chorar
  3. gotejar de leite do outro seio, quando o bebé está a mamar
  4. leite a escorrer dos seios se o bebé larga o seio durante a mamada
  5. dores pela contracção do útero, com pequena perda de sangue eventual, durante as mamadas na primeira semana
  6. sucções profundas e lentas, seguidas de deglutição. Mostrando que o leite está fluindo para a boca do bebé.

Controle local


O sucesso do aleitamento materno depende da remoção de leite da mama.


Há um controle local, que inibe a produção de leite para esta não ser exagerada.


Permite um equilíbrio desejável entre a oferta e a procura.


Controle local de produção de leite:

Se a mama fica cheia de leite, a produção pára


Composição do leite humano


A produção de leite começa quando os homônios esteróides placentares (a progesterona e os estrogénios) diminuem e a secreção de prolactina aumenta.


O colostro é o primeiro leite que é produzido pela mulher após o parto.


É espesso e de cor amarela ou transparente e, embora produzido em pequena quantidade, tem os nutrientes necessários para alimentar o bebê desde o nascimento.


O colostro tem uma quantidade grande de facores de defesa de infecções como imunoglobulinas, lactoferrina, células brancas (leucocitos), citoquinas e outros e facilita a digestão e a eliminação intestinal.


O leite de transição é o leite produzido após os primeiros dias até à segunda semana e tem uma composição intermédia entre o colostro e o leite maduro.


O leite maduro é o leite que é produzido pela mulher alguns dias após o parto e quando se inicia a sua produção, em maior quantidade, a chamada “descida do leite”, as mamas ficam mais cheias, endurecidas e pesadas.


O leite humano tem uma grande complexidade, apresenta variações de composição de acordo com as necessidades do bebé, e adapta-se ao seu crescimento, ao seu apetite e à sua sede.


As variações de composição verificam-se mesmo ao longo do dia e até durante a mesma mamada.


O leite inicial (anterior) é o produzido no início da mamada e o leite final (posterior) o produzido mais tarde, para o fim da mamada.

A gordura do leite é muito importante por várias razões, entre as quais porque proporciona metade das calorias no leite materno.


A sua quantidade varia muito: individualmente, durante o dia, durante a mamada, de mama, tempo decorrido desde a última mamada, do “esvaziamento”.


A sua quantidade duplica no leite final.


Assim, um pequeno volume de leite final proporciona grande quantidade da energia necessária ao bebê.


Isto é importante para saciar o apetite e ajuda a explicar a recomendação de deixar mamar apenas num dos seios, pelo tempo que quiser, e só mudar para o outro se desejar.

Mastalgia

Mastalgia é o nome dado à dor nas mamas. O sintoma é bastante comum nas mulheres durante os anos que vão da primeira menstruação até a menopausa. Estima-se que toda a mulher, em alguma fase do ciclo menstrual, mas principalmente no período pré-menstrual, tenha algum grau de desconforto ou de dor nas mamas. A compreensão de que as alterações que a mama apresenta no ciclo menstrual sob influência hormonal não representam doença mudou a abordagem desse tipo de problema.

A partir do ano de 1994, a displasia mamária e todas os termos que refletiam as alterações patológicas encontradas na mama (adenose, fibrose, doença fibrocística, microcistos, metaplasia apócrina) foram substituídos pelo termo descritivo Alterações Funcionais Benignas das Mamas (AFBM). Clinicamente, a AFBM é caracterizada como dor e/ou espessamento das mamas, de surgimento nos primeiros anos da idade adulta, sob influência hormonal, com intensidade aumentada no período pré-menstrual e que desaparece com a menopausa. As faixa etária mais afetada pela AFBM é a que vai de 30 a 50 anos.

Assim, a AFBM não é uma doença, é apenas o reflexo de atividade fisiológica dos hormônios sobre as mamas durante a idade fértil. A dor, o espessamento das mamas e os macrocistos são as características clínicas mais comuns da AFBM. Eles podem estar associados a várias entidades patológicas.

A principal preocupação para a paciente e para o médico é identificar quais pacientes podem ter câncer. Sabe-se que a diferenciação nem sempre é fácil e muitas vezes requer exames adicionais ou métodos invasivos e dolorosos. Por outro lado, a maioria das pacientes que procura o médico por dor no seio tem não tem doença maligna da mama. Além disso, a dor como fator isolado é má preditora do risco de câncer; em 5% a 18% dos casos de câncer de mama, a dor localizada foi o sintoma inicial que levou o paciente à consulta médica.

Classificação das Mastalgias

Mastalgia cíclica leve: dor ou desconforto nos três primeiros dias antes do período menstrual, que chega a acometer até 70% das mulheres. Com o aumento da idade, aumenta o número de mulheres que sofre do sintoma. Em mulheres com mastalgia leve com menos de 35 anos, o risco de ter uma mamografia solicitada é de 3 a 4 vezes maior do que das mulheres sem dor.

Mastalgia cíclica moderada e severa: a dor mamária tem duração superior à uma semana, e tem intensidade importante a ponto de interferir nas atividades da paciente, justificando o uso de medicação.

Mastalgia acíclica: dor mamária que não está relacionada ao ciclo menstrual, pode ser contínua ou ocasional. Mais freqüentemente a alteração patológica encontrada na mama é a ectasia ductal, a adenose esclerosante e a necrose gordurosa. Costuma localizar-se nos quadrantes superiores da mama e é bilateral.

Mastalgia não-mamária: é a dor torácica referida sobre as mamas. Comumente, é dor músculo-esquelética da parede costal, do dorso ou dos membros superiores e que se irradia para a mama. A dor pode também ter origem visceral, como angina cardíaca e colelitíase.

Tratamento

O tratamento da mastalgia inicia-se estabelecer uma relação de tranqüilidade e confiança com a paciente e em afastar a possibilidade de existência de câncer de mama. Muitas das mulheres que procuram uma clínica de mastologia por dor nas mamas desejam saber se sua dor é normal ou se é causada por uma doença grave. A informação sobre a AFBM, a educação em relação ao sintoma e o estabelecimento do vínculo são a primeira linha de tratamento da mastalgia.

Medidas gerais: as pacientes com dor nos seios beneficiam-se do uso de sutiãs ajustados na redução do sintoma. O uso de anticoncepcionais orais e de terapia de reposição hormonal também pode se associar à dor, e ainterrupção da medicação pode trazer alívio do sintoma.

Em 85% das pacientes, o esclarecimento e o manejo tranqülizador são suficentes para o alívio do sintoma. Em outras 15% pode ser necessário o uso de medicação.

Óleo de prímula: postula-se como princípio ativo no óleo de prímula o ácido gama-linoleico, que pode ser comprado na forma industrializada ou ser manipulado e adminstrado na dose de 500mg/dia, por 60 dias. A remissão dos sintomas ocorre em 70% das pacientes, sem efeitos adversos importantes, o que faz do óleo de prímula uma boa opção para o tratamento medicamentoso.

Anti-inflamatórios não esteróides tópicos: quando comparados ao óleo de prímula, os AINES tópicos tem eficácia maior no tratamento da mastalgia (92% vs. 64%) e são uma boa opção às pacientes que não respondem ao óleo de prímula

Agonistas dopaminérgicos: a bromocriptina (2,5mg 2x/dia) e lisurida (0,3mg/dia) bloqueiam a liberação de prolactina pela neuro-hipófise. A taxa de resposta, em estudos não-controlados, chega a 78% para a bromocriptina. Os fatores limitantes do uso são os paraefeitos, como intolerância gástrica e hipotensão.

Antiestrogênicos: o tamoxifeno, o toremifeno e o raloxifeno foram avaliados no tratamento da mastalgia. O toremifeno, em dois ensaios clínicos recentes (aqui e aqui), mostrou-se melhor do que placebo no alívio da dor. Recentemente, uma metanálise comparou os ensaios clínicos randomizados que testaram óleo de prímula, danazol, bromocriptina e tamoxifeno. O óleo de prímula não foi superior a placebo, enquanto a bromocriptina, o danazol e o tamoxifeno foram capazes de melhorar os escores de dor referida. O danazol em baixas doses provoca alívio do sintoma em até 67% das pacientes.

Estrutura da Mama

Qual a estrutura normal da mama?


As mamas são glândulas secretoras e estão situadas diante dos músculos peitorais que, por sua vez, cobrem as costelas.


A mama feminina é constituída por lóbulos, ductos e estroma. Cada mama encontra-se dividida em 15 a 20 secções, os chamados lobos.


Por sua vez, os lobos são constituídos por muitos lóbulos, mais pequenos; é aqui que se encontram as células que produzem o leite.


O leite flui dos lóbulos, até ao mamilo, através de uns canais finos, os ductos – galactóforos.


Entre os lóbulos e separando a glândula da pele e da parede torácica está o estroma, constituído por tecido adiposo (gordura) e tecido conjuntivo que rodeia e suporta os ductos, lóbulos, vasos sanguíneos e linfáticos.


O mamilo situa-se no centro da aréola (habitualmente mais escura que o resto da pele da mama).

Principais Alterações Funcionais Benignas

Quais as principais alterações funcionais benignas da mama?


Displasia Mamária: Estas alterações caracterizam-se por dor e espessamento ("endurecimento" mamário, ou “durão”) que, regra geral, piora no período pré-menstrual e tem um carácter cíclico.


Surgem depois da adolescência, tendem a melhorar com a gestação (gravidez) e lactação, e desaparecem na menopausa.


Estas alterações são benignas; a probabilidade de uma mulher com alterações funcionais benignas da mama vir a ter um câncer da mama é semelhante à das outras mulheres, ou seja, não aumenta o risco de câncer da mama.


A dor mamária é comum na mulher moderna, provavelmente devido à ação hormonal contínua dos estrogénios (hormônio feminino) produzidos pelos ovários, em pessoas que engravidam tarde, poucas vezes e quase não amamentam.

Mudanças que Ocorrem na Mama !

Quais as mudanças que ocorrem, ao longo da vida, na mama normal?


Desde o início da puberdade e durante toda a vida, a mama está em constante mudança.

Conhecendo estas mudanças, a mulher poderá reconhecer qualquer alteração que surja (espessamento ou nódulo), sempre que faça o auto-exame da mama.


Puberdade: o crescimento das mamas, que começa antes do ínicio da menstruação, é controlado pelas hormonas femininas.


Ciclo menstrual: sob a influência das hormonas femininas, as mamas, na semana antes da menstruação, aumentam de volume por acumulação de líquidos; podem, assim, aparecer nódulos que diminuem ou desaparecem na semana seguinte à menstruação.


Gravidez: durante o período da gravidez, as mamas tornam-se mais tensas e aumentam de volume. Depois da amamentação, regra geral as mamas voltam ao seu volume normal.


Menopausa: nesta fase do ciclo hormonal feminino, as glândulas mamárias começam a reduzir de tamanho - início da menopausa. O tecido fibroso que suporta as mamas torna-se menos duro e, nas mulheres mais velhas, as mamas tornam-se menos firmes e, por vezes, "caídas".


Mudanças no peso corporal: tendo em conta que as mamas contêm uma quantidade elevada de gordura, podem ocorrer mudanças significativas, conforme se aumenta ou diminui de peso.

Tubo de Raios-X


  • A mamografia necessita de tubos especiais que, devido às propriedades especiais de seu material de anodos e o emprego de filtros especiais, dão origem a uma radiação de baixa energia, em comparação com os demais tubos diagnósticos.
  • Este tipo de radiação é necessário na mamografia para a obtenção de um alto contraste entre os tecidos.
  • O espectro de energia dos Raios X tem grande influência sobre o contraste de radiação.
  • Neste caso, com radiação de baixa energia, o contraste se torna maior.
  • Porém, se a radiação tem energia muito baixa, a mama apresenta uma penetração bem pior.
  • Isto faz com que em mamas muito espessas e densas, mesmo com tempo longo de exposição não se obtenha uma intensidade suficiente de radiação junto ao filme (hipoexposição).
  • O que ocorre é que esta radiação passa a ser fortemente absorvida pela mama, de modo que a radiação aumenta desnecessariamente.
Em mamografia os alvos são confeccionados de Mo e/ou Rh, a escolha desses materiais atendem a certas exigências tecnológicas, tais como:
  • Alto número atômico, resultando em grande eficiência na produção de Raios X na faixa de energia desejada.
  • Condutividade térmica quase igual a do cobre, que permite uma rápida dissipação do calor produzido.
  • Ponto de fusão alto, superior à temperatura gerada pelas inteirações dos de elétrons (2.000ºC).

Mamógrafo ...

EVOLUÇÃO

  • Antes de 1968, os exames radiológicos da mama eram realizados em aparelhos projetados para exames convencionais de tórax, abdômen, extremidades entre outros.
  • Para facilitar a realização dos exames de mama, alguns desses aparelhos possuíam dispositivos rudimentares de compressão de mama fabricados artesanalmente nos próprios serviços de radiologia.
  • A fabricação do primeiro aparelho dedicado exclusivamente à mamografia, em 1969, modelo Senographe, pela companhia CGR, surgindo assim, à primeira geração de mamógrafos.
  • Em 1984, a CGR lançou um tubo de Raios X para mamografia com microfoco e alta corrente elétrica.
  • Este novo tudo de Raios X passou a permitir tanto a realização de projeções ampliadas como a utilização de maiores distância foco-pele que produziam imagens com melhor definição geométrica e maior contraste devido à redução da radiação espalhada que atingia o filme radiográfico.
  • Estes aparelhos passaram a constituir a segunda geração de mamógrafos.
  • Finalmente em 1992, segundo um projeto de Gabbay, foi apresentado um aparelho que passou a ser considerado o precursor da terceira e mais atual geração de mamógrafos.
  • Estes equipamentos são utilizados até hoje.
  • Os aparelhos de terceira geração possuem alvos de diferentes matérias (Mo, Rh) e filtrações adicionais que ajudam a produção do feixe mais é produzindo uma imagem com maior contraste.

COMPONENTES BÁSICOS DE UM MAMÓGRAFO:

  1. Cabeçote do equipamento: local em que se encontra a ampola (tubo) de Raios X, onde produz a radiação propriamente dita.
  2. Filtração: filtros adicionais, geralmente de Mo ou Rh, tem como função filtrar os Raios X de baixa energia.
  3. Colimação: responsável pelo tamanho do campo, redução do efeito penumbra e da radiação espalhada
  4. Compressor: usado para fixar, uniformizar e diminuir a espessura da mama.
  5. Grade antidifusora: responsável pela redução dos efeitos de borramento da radiação espalhada na imagem radiográfica.
  6. Porta-magazine: estrutura metálica onde é colocado o magazine com a película.
  7. Controle automático de exposição (CAE): sensor que determina o tampo de exposição de acordo com alguns parâmetros técnicos pré-estabelecidos e parâmetros físicos da mama irradiada.

Olá ...

Resolvi criar este blog para concentrar algumas informações sobre mamografia.

Sei que existem muitos blogs sobre o assunto e acho isso muito bom ...

Bom poder procurar pela net informações e obter essas informações !

Beijos a todos que gostarem do blog ... Aceito sugestões !

Vamos lá !!!!