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sábado, 7 de maio de 2011

Atividades Diárias

Limpeza da Câmara Escura: 
     A primeira atividade do dia é limpar a Câmara Escura. A manutenção de minuciosa limpeza na Câmara Escura minimiza os artefatos imagens mamográficas. Primeiramente, o chão deve ser limpo com um pano úmido. Em seguida, todos os ítens desnecessários devem ser retirados das bancadas e superfícies de trabalho. Uma toalha úmida deve ser utilizada para limpar a bandeja de alimentação da processadora e todas as bancadas e superfícies de trabalho.

     Se houver uma caixa para passagem dos chassis, ela também deve ser limpa diariamente. As mãos devem estar sempre limpas para reduzir marcas de digitais e artefatos de manuseio. Janelas e luzes de segurança devem ser limpas e aspiradas semanalmente e antes de qualquer outro procedimento de limpeza.  Inclusive o teto deve ser limpo para prevenir descamações.

     É proibido fumar, beber ou comer na câmara escura. Comida e bebida não podem entrar na sala escura em momento algum. Nada deve permanecer na bancada, exceto os materiais utilizados para carregar os chassis, pois quaisquer outros objetos apenas acumulam poeira. Não deve haver prateleiras acima das bancadas da câmara escura, pois elas também são locais para acúmulo de poeira; essa poeira ocasionalmente cai nas superfícies de trabalho.

CQ da Processadora:
     Antes do processamento de qualquer filme, deve-se verificar se o sistema químico da processadora está de acordo com as especificações estabelecidas. A primeira etapa no programa de CQ da processadora estabelecer os níveis de controle de operação. Parar, começar, uma caixa de filmes deve ser separada exclusivamente para o CQ diário da processadora. Os tanques e prateleiras da processadora devem ser limpos e a processadora preenchida com o revelador, fixador, e demais fluídos conforme especificação do fabricante.
     A temperatura do revelador e as taxas de reabastecimento do revelador e do fixador devem seguir estritamente as recomendações do fabricante. Nunca se deve utilizar termômetro de mercúrio. Caso o termômetro quebre, uma contaminação por mercúrio pode inutilizar a processadora permanentemente.
     Estando a processadora preparada para aquecer o revelador à temperatura correta e estável, o teste deve continuar. Na Câmara Escura, um filme do controle deve ser exposto com um sensitômetro. A tira sensitométrica deve sempre ser processada da mesma maneira. O lado menos exposto do filme deve entrar na processadora primeiro. Utiliza-se o mesmo lado da bandeja de alimentação, com o lado da emulsão para baixo. O tempo entre a exposição e o processamento deve ser o mesmo a cada dia.
     Em seguida, utiliza-se um densitômetro para medir e registrar a densidade óptica (DO) de cada degrau da tira sensitométrica. Esse processo deve ser repetido diariamente por cinco dias consecutivos. A DO média é, então, determinada para cada degrau de cinco tiras diferentes.

     Uma vez determinadas as médias, o degrau que tiver DO mais próxima de 1,2, porém não menor que 1,2, deve ser identificado e marcado como degrau de densidade média (DM) para futuras comparações. Ele também é chamado de índice de velocidade.

     Feito isso, o degrau com DO média próxima a 2,2 e o degrau com DO mais próxima, porém não menor que 0,5, devem encontrados e marcados para futuras comparações. A diferença entre esses dois degraus é registrada como diferença de densidade (DD), também chamada de índice de contraste.

     Por fim, a DO média de uma área não exposta das tiras será registrada como base mais velamento (B+V). Esses três valores obtidos devem ser registrados nas linhas centrais de uma tabela para controle apropriada.

     Uma vez estabelecidos os valores de controle, o CQ diário da processadora começa. No início de cada dia, antes do processamento de qualquer filme, uma tira sensitométrica deve ser exposta e processada de acordo com as diretrizes discutidas anteriormente. A DM, a DD e a B+V são obtidas conforme as etapas anteriormente determinadas e registradas nas tabelas de controle.

     Calcula-se a DM para avaliar a constância na velocidade do receptor de imagem. A DD é obtida para avaliar a constância do contraste de imagem. É permitido que esses valores variem +/- 0,15 dos valores de controle.  Se qualquer valor estiver fora dos limites definidos no controle, o ponto deve ser circulado no gráfico, a causa do problema solucionada, e o teste repetido.

     Se qualquer valor estiver +/- 0,1 fora da faixa de valores do controle, o teste dever ser repetido. Se o valor permanecer fora dessa faixa, a processadora pode ser utilizada no processamento de imagens clínicas, mas deve ser monitorada emquanto o problema estiver sendo identificado.

     A B+V avalia o nível de velamento na cadeia de processamento. Esse valor pode variar até +/- 0,03 do valor de controle. A qualquer instante que esse valor exceder esse limite, devem-se adotar os mesmos procedimentos descritos para os valores da DM e da DD.



Elementos de um Programa de CQ em Mamografia

12 Atividades  do Técnico em Radiologia Médica

1- Limpeza da Câmara Escura - Diária

2- Controle de Qualidade da Processadora - Diária

3- Limpeza da Tela Intensificadora  - Semanal

4- Negatoscópio e Condições de Visualização - Semanal

5- Imagens de Simuladores - Semanal

6- Inspeção Visual - Mensal

7- Análise de Repetição - Trimestral ou a cada 250 exames

8- Análise de Retanção do Fixador no Filme - Trimestral

9- Reunião com o Radiologista - Trimestral

10- Velamento da Câmara Escura - Semestral  

11- Contato Tela-Filme - Semestral

12- Compressão - Semestral no mínimo

Técnico em Radiologia Médica

O Técnico em Radiologia Médica é extremamente importante no programa de CQ em mamografia. O Técnico em Radiologia Médica. o profissional que mais fica com a "mão na massa", é responsável pelo CQ diário e por preencher e monitorar todos os registros e diários para qualquer indício de problemas. É recomendável que os serviços de dignóstico por imagem que utilizam vários mamógrafos tenham em Técnico em Radiologia Médica responsável pelo CQ.

As 12 atividades específicas do CQ atribuídas ao Técnico em radiologia Médica em radiologia podem ser divididas em categorias que refletem as frequencias de suas realizações.

Físico Médico

O papel do profissional de física médica enquanto membro da equipe de CQ em mamografia é multidimencional. Um desses aspectos é a avaliação do CQ realizado no mamógrafo. Essa avaliação deve ser realizada de ano em ano ou sempre que algum componente importante for trocado. A avaliação consiste em um número de medidas e testes.
O físico médico deve entender como os diferentes aspectos técnicos envolvidos na realização do exame afetam a imagem, sendo capaz de identificar problemas existentes ou potencialmente existentes na qualidade da imagem. Ocasionalmente, o profissional de física médica pode passar as informações diretamente para o serviço de engenharia clínica da unidade de saúde ou pode ser um intermediário entre o serviço de saúde e a assistência técnica. A intenção dessa parte do programa de CQ é garantir que o equipamento funcione adequadamente, a fim de proporcionar imagens da melhor qualidade com a menor dose para o paciente.

Outro papel do profissional de física médica é assessorar o técnico em radiologia médica. O profissional de física médica deve conhecer suficientemente bem todos os teste atribuídos ao técnico em radiologia médica pára prever problemas e complicações.
Uma outra responsabilidade é avaliar o programa de CQ, no mínimo, anualmente. O profissional de física médica deve rever todos os procedimentos para garantir a conformidade com as recomendações e padrões vigentes. O profissional de física médica deve revisar cuidadosamente as instruções e os registros para checar a conformidade e garantir que elas estejam adequadas e contenham todas as informações necessárias.
O físico médico é parte essencial da equipe de CQ, de quem espera total cooperação e atenção. Esse objetivo envolve a manutenção de um excelente programa de CQ pelo técnico em Radiologia médica. Ele deve chamar o profissional de física médica sempre que as imagens ou o sistema mudarem significativamente.

sábado, 16 de abril de 2011

Radiologista no Controle de Qualidade

  • A responsabilidade final pelo CQ (controle de qualidade), em mamografia é do radiologista.
  • Essas responsabilidades frequentemente estão inclusas em uma área mais abrangente que é a garantia da qualidade (GQ, Quality Assurance).
  • A GQ é um programa administrativo desenvolvido para unir os diferentes aspectos do CQ e garantir que todas as atividades sejam realizadas no mais alto nível.
  • O radiologista é responsável pela seleção de profissionais da física médica, de técnicos em radiologia médica, qualificados e pela supervisão das atividades desses membros da equipe.
  • Outra responsabilidade do radiologista envolve a supervisão da comunicação e o acompanhamento do paciente.
  • A qualidade na assistencia ao paciente é o objetivo final de qualquer serviço de mamografia, e a responsabilidade sobre esse objetivo é o radiologista.
  • O nível de qualquer programa de GQ/CQ é reflexo direto da atitude e da apresentação do radiologista para a necessidade de tal programa.
  • A MQSA estabelece que o radiologista deve avaliar as imagens clínicas diariamente.
  • A melhoria contínua da qualidade (CQI, Continuous Quality Improvement) é uma estensão de qualquer programa de GQ/CQ, incluindo protocolos administrativos para a contínua melhoria da qualidade da imagem mamográfica.

Equipe de Controle de Qualidade

O colégio Americano de Radiologia (ACR, American College of Radiology) e a lei de Padrões de Qualidade em Mamografia (MQSA, Mammography Quality Standards Act) endossam um programa de CQ com atividades específicas para o radiologista, para o profissional de física Médica e para o Técnico em Radiologia Médica.

Cada um deles é importante para a garantia da melhor assistência ao paciente com menor exposição à radiação.

Objetivo da Qualidade

  • A mamografia tem sido uma ferramenta para o diagnóstico e o rastreamento há muitos anos, mas os desafios de se produzir uma imagem de alta qualidade mantendo uma dose baixa para o paciente ainda foram lançados.
  • Uma equipe formada pelo radiologista, pelo profissional de física médica e pelo Técnico em Radiologia Médica trabalham juntos seguindo um programa de controle de qualidade (CQ) para produzir a excelência nos exames mamográficos.
  • Cada membro da equipe tem atividades específicas relacionas ao CQ

Síndrome de Klinefelter

  • O Dr. Harry F. Klinefelter ao trabalhar no projeto de consumo de oxigênio na glândula adrenal em conjunto com o Dr. Howard Means atendeu um paciente com um caso raro no qual um homem desenvolveu mamas (Ginecomastia).
  • Ao estudar este caso, o Dr. Klinefelter relatou nos seu exames infertilidade, liberação de hormônio Gonadotropina (GnRH), um elevado nível de liberação de Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteneizante (LH).
  • Com estes resultados foi publicado no Jornal de Metabolismo e Endocrinologia Clínica (1942), um artigo intitulado “Síndrome caracterizada por Ginecomastia, aspermatogênese e aumento da excreção de Hormônio Folículo Estimulante”, tendo como autores, Klinefelter H G, Reifestein E C Jr., e Albright F..

Desde então, a literatura só chama esta condição de síndrome de Klinefelter (SK).

  • A SK é causada por uma variação cromossômica envolvendo o cromossomo sexual. 
  • Este cromossomo sexual extra (X) causa uma mudança característica nos meninos. 
  • Todos os homens possuem um cromossomo X e um Y, mas ocasionalmente uma variação irá resultar em um homem com um X a mais, esta síndrome é muitas vezes escrita como 47 XXY. 
  • Existem outras variações menos comuns como: 48 XXYY; 48 XXXY; 49 XXXXY; e mosaico 46 XY/47 XXY, este é o cariótipo mais comum, ocorre em cerca de 15% provavelmente em conseqüência da perda de um cromossomo X num concepto XXY durante uma divisão pós-zigótica inicial.
  • Metade dos casos resulta de erros na meiose I paterna, um terço de erros na meiose I materna e os demais de erros na meiose II ou de um erro mitótico pós-zigótico levando a mosaico. A idade da mãe é elevada nos casos associados a erros na meiose I materna, mas não nos outros casos (JACOBS et al., 1988).
  • Até 1960 o diagnóstico era feito através de exame histológico dos testículos que, mesmo após a puberdade, revelava ausência de células germinativas nos canais seminíferos.
  • Atualmente a identificação dos Klinefelter é assegurada pelo cariótipo e pela pesquisa da cromatina sexual, através de um exame feito com uma amostra de sangue.

As estatísticas mostram que a cada 500 nascimentos é encontrado um menino com a síndrome.

Características do Portador


  • A característica mais comum é a esterilidade. 
  • Possuem função sexual normal, mas não podem produzir espermatozóides (Azoospermia) devido à atrofia dos canais seminíferos e, portanto são inférteis.
  • Outras características muitas vezes presentes são: estatura elevada e magros, com braços relativamente longos; pênis pequeno; testículos pouco desenvolvidos devido à esclerose e hialinização dos túbulos seminíferos ; pouca pilosidade no púbis; níveis elevados de LH e FSH, podem apresentar uma diminuição no crescimento de barba; ginecomastia (crescimento das mamas), devido aos níveis de estrogênio (hormônio feminino) mais elevados do que os de testosterona (hormônio masculino). 
  • Em alguns casos tornam-se necessária à remoção cirúrgica; problemas no desenvolvimento da personalidade provavelmente em decorrência de uma dificuldade para falar que contribuem para problemas sociais e/ou aprendizagem.

Tratamento


  • Deve ser feito o acompanhamento periódico do nível de testosterona (hormônio sexual masculino) no sangue, para verificar sua normalidade. 
  • Caso o nível de testosterona encontre-se baixo isso irá resultar na diminuição das mudanças sexuais que ocorrem durante a puberdade.
  • Para controle é comum a aplicação de uma vez ao mês uma injeção de Depotestosterona, uma forma sintética de testosterona. 
  • A dose necessita ser aumentada gradualmente e ser aplicada mais freqüentemente quando o menino torna-se mais velho.

Câncer de Mama em Homens

  • O câncer de mama é uma doença rara em homens.
  • Nos Estados Unidos, são relatados cerca de 1.000 casos por ano.
  • Estádio por estádio, o prognóstico é o mesmo que o câncer de mama feminino.
  • A doença em homens está usualmente relacionada a níveis aumentados de estrogênios circulantes, assim como na ginecomastia, e, portanto, os dois podem coexistir, apesar da ginecomastia não ser pré-maligna.
  • O câncer de mama em homens também pode ser causado por radiação e encontra-se aumentado na Síndrome de Klinefelter.

HISTOLOGIA

  • O homens não tem lóbulos, então o câncer em homens é sempre ductal.
  • O carcinoma ductal in situ pode ser diagnosticado em homens, e o CDIS foi responsável por um quarto dos cânceres de mama relatados em série.

ACHADOS CLÍNICOS

  • O câncer de mama em homens é usualmente subareolar e estão comumente presentes alterações no mamilo.
  • A massa palpável é dura e não aderida à parede torácica, ao contrário da ginecomastia, onde a massa é macia e aderida.
  • A descarga sanguinolenta pelo mamilo é fortemente sugestiva de câncer de mama no homem.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Mama Masculina

No homem, a glândula mamária consiste de um pequeno nódulo retroareolar composto de um sistema ramificado de ductos lactíferos e tecido conjuntivo colagenoso.
Como a glândula mamária masculina também está sujeita a estímulos hormonais proliferativos, pode ocorrer um aumento temporário ou permanente durante a vida do paciente, como na puberdade ou na velhice.

Clínica
A glândula mamária normalmente desenvolvida, dependendo de sua conformação individual, pode ou não ser delimitada por palpação da aréola propriamente dita, dando a sensação de uma resistência pequena, retroareolar circunscrita. Somente numa hiperplasia ocorre um aumento do volume do tecido glandular e o paciente pode apresentar uma sensação dolorosa.

Ginecomastia

DEFINIÇÃO

  • A ginecomastia é um aumento uni ou bilateral da mama masculina sob a influência de estrógenos ou substâncias que possuam um efeito estrogênico.
  • As formas fisiológicas da ginecomastia (ginecomastia em recém-nascidos, hipertrofia pueral e hipertrofia senil) pode ocorrer na presença de endocrinopatias ou distúrbios hepáticos.
  • A ginecomastia também ocorre frequentemente como resultado de medicamentos (por exemplo, na estrogênio terapia no tratamento do câncer de próstata ou terapia com diuréticos), ou pode ser a manifestação de uma síndrome paraneoplásica.

HISTOLOGIA 

  • A proliferação do sistema ductal ocorre com o desenvolvimento e crescimento dos alvéolos, hiperplasia do epitélio glandular e um aumento do tecido estromal.

ACHADOS CLÍNICOS

  • A ginecomastia está frequentemente associada a dor ou aumento da sensibilidade.
  • O diagnóstico normalmente é suspeitado clinicamente.
  • A pseudoginecomastia é o resultado da deposição de gordura no tecido subcutâneo.
  • Ocorre bilateralmente e é caracterizada por consistência macia, típica do tecido gorduroso.
  • Na ginecomastia genuína, o tecido glandular proliferativo será palpável uni ou bilateralmente como uma área nodular localizada com aumento da densidade subareolar.